Ponto prévio: abandonei a ideia de criar "A" lista dos melhores depósitos a prazo a cada momento. A opção será antes a de tentar escolher preferencialmente os produtos mais interessantes a cada momento e apresentar por aqui as suas características positivas e negativas.
Comecemos então por duas novidades, o Caixa Prémio e o Caixa Aforro da Caixa Geral de Depósitos. Neste primeiro de dois artigos centramo-nos no
Caixa Aforro.
A CGD parece finalmente estar disposta a apresentar uma proposta interessante para a generalidade dos seus clientes e, particularmente interessante para quem por lá detem crédito à habitação. Diria mesmo que aproveitando a onda de descrédito via crescente desinteresse comercial dos certificados de aforro dinamizada pelo único accionista da CGD, esta apresenta um novo produto de aforro que pelas minhas contas supera ligeiramente a nova série dos Certificados de Aforro ultrapassando-os claramente no 4º e 5º ano.
Refiro-me ao Caixa Aforro que remunera depósitos com 80% da euribor a seis meses no primeiro ano (cerca de 3,65%), subindo progressivamente a taxa para 85% (cerca de 3,83%), 90% (cerca de 4,02%), 95% (cerca de 4,2%) e finalmente 105% (cerca de 4,56%) da euribor nos 2º, 3º, 4º e 5º e último ano deste produto.
Se, como disse, tiver crédito à habitação junto da CGD, os prémios duplicam traduzindo-se a remuneração final nos 90% (cerca de 4,02%), 100% (cerca de 4,38%), 110% (cerca de 4,75%) e 125% (cerca de 5,29%) da Euribor a 6 meses nos 2º, 3º, 4º e 5º e último ano deste produto. Neste último caso o produto da CGD fica seguramente entre as melhores aplicações de médio prazo disponíveis no mercado para o respectivo nível de risco. Note-se que as taxas de juro anuais apresentadas são aproximadas e sujeitas a oscilação em virtude de estarem indexadas à Euribor a seis meses.
Em termos de mobilização esta está isenta de penalização de for feita nos momentos de vencimento semestral de juros; com penalização total é possível a qualquer momento. Adicionalmente, disponibiliza-se a possibilidade de capitalizar os juros ou de os receber semestralmente, podendo o cliente alterar essa política a cada seis meses.
Na informação disponibilizada até ao momento não há referência quanto a montantes mínimos e máximos de subscrição.
Conclusão: ainda que não estejam disponibilizadas as recomendáveis fichas técnicas sobre este produto (não me atrevo a chamar ficha técnica
à página de onde se retiraram os detalhes que nos levaram a este artigo), salvo erro grosseiro de enunciado ou de entendimento, este parece-me um produto interessante e competitivo. Seguramente entre os melhores disponibilizados e publicitados correntemente no mercado português para poupanças de médio prazo. Aliás, este não é o único promovido pela CGD a merecer atenção como veremos no próximo artigo sobre o Caixa Prémio.